Viva São Pedro e São Paulo - hoje, 29 de junho é dia deles. São dois dos especiais escolhidos por Jesus (João 15: 16). São Pedro, transformado e empoderado (aqui esta palavra tem pleno sentido) e São Paulo, convertido de modo extra extraordinário! Fizeram prodígios inimagináveis em nome de Jesus!
Tantas - muitas! - vezes já me perguntei e ouvi outras pessoas duvidando das experiências extraordinárias por que passaram o "povo escolhido" e os Apóstolos de Jesus, no Antigo e no Novo Testamento, respectivamente. Mesmo pessoas de muita fé duvidam da "concretude" dos relatos! -Como assim? Eles ouviam a voz de Deus? Por que não se ouve mais? Por que não vemos o que eles viam? Isso é alegoria, literatura...
Claro que há passagens com linguagem literária naqueles antigos escritos - mas até que ponto são alegorias, até que ponto são literais, além de literárias, não sabemos... Desculpem-me, uns tantos entendidos.
Aquelas civilizações primitivas, convenhamos, mal-mal estavam emergindo da evolução das espécies, apesar do tempo decorrido; mas já estavam anatomicamente "prontas", já tinham capacidade de compreender e de extrapolar, como temos hoje, mutatis mutandis, guardadas as devidas proporções e circunstâncias. Tinha chegado o "tempo".
E, como eu já disse em outro texto, "desprezar nossa capacidade de pensar para além do obviamente perceptível é desprezar o nosso avanço na evolução das espécies, é desprezar a nossa própria espécie." ([1] ver em links relacionados ao final)
Em outras palavras, aquele povo [2] já tinha capacidade para aceitar que havia algo além do que percebiam com os seus sentidos. E, sem menosprezar outros povos, eles tinham uma inteligência privilegiada [3].
Mas a questão principal que quero abordar neste texto é o fato de que, uma vez "prontos", Deus os escolheu para começar a prepará-los, a instruí-los sobre o que deveria se realizar.
E o que deveria se realizar, foram os acontecimentos relatados no Novo Testamento, com mais incontáveis eventos prodigiosos (João 21: 25), para que aquelas pessoas, também escolhidas, pudessem ter força para dar continuidade ao processo salvífico [4], apesar de todas as adversidades.
O ser humano não é capaz de ter acesso a nada além do que nossos sentidos permitem, mas aqueles escolhidos presenciaram fenômenos inimagináveis.
Nós (salvo algumas exceções) não vemos nem ouvimos nada daquilo, porque não fomos, não somos "os escolhidos" para a empreitada de "desencadear" o processo.
Cabe a nós a humildade corajosa de acreditar sem ter visto, uma graça que Jesus nos concedeu, para sermos salvos e expandir aos outros o que recebemos: "Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!" (João 20:29)
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Links relacionados:
[2] O « povo escolhido » foi aquele que melhor compreendeu e registrou as inspirações que « ouviu » - foi o povo hebreu. Outros povos também receberam inspirações, mas não souberam interpretar de modo a que a mensagem produzisse frutos. Como se diz popularmente, « ouviram o galo cantar e não souberam onde. » Fazendo uma analogia, para dar um exemplo, há cientistas físicos mais capazes que outros, que observam e interpretam com mais acurácia as leis da natureza, traduzindo isso em equações e levando à concretização de projetos. Ainda bem que eles existem, para nos fazerem progredir.
[3] Literalmente
[4] Eucaristia - a Nova e Eterna Aliança
[5] Todas as páginas
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