A casa do Pai

 

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Sonhei, ontem, com meu amor, na horinha de acordar. Notei que sorri, foi um sonho agradável. Ele estava na terra dele, mas me dando suporte, de lá. A minha interpretação imediata, ao acordar, foi que a terra dele é “a casa do Pai”. Fiquei feliz por alguns momentos, meu cérebro ainda está conseguindo elaborar meios para atingir algum equilíbrio.

Enquanto durou o meu casamento, antes da minha metade morrer, pensei que tinha essa missão de tentar fazer meu homem feliz. Assim justificava ter largado tudo para viver ao lado dele. Mas ele se foi. E agora?

No dia da Anunciação de Maria, 25 de março, estou meditando sobre o exemplo de entrega, fé e aceitação de Nossa Senhora, diante da missão que lhe foi dada. Ela, como nenhuma outra criatura (criada), cheia, completamente preenchida de Graça, nos dá o exemplo da humildade a toda prova.

Que eu, mera comum dos mortais, possa tentar imitá-la em humildade e entrega, para perscrutar qual será minha função, nessa próxima etapa da vida.

Nesse ano que o Papa Francisco consagrou a São José, aconteceu uma coincidência, que suponho ser Providência: vou mudar-me para a Paróquia de São José, exatamente em frente à igreja com o seu nome.

Que a Virgem Maria e seu santo esposo me ajudem a encontrar uma forma de acolher Jesus em meu coração, nessa nova caminhada.  

“Jesus, Maria, José, meu coração vosso é.”

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Luto

 

 

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Segundo os ensinamentos nos quais acredito, quem vai para o inferno sofre pela ausência de qualquer sinal da maior felicidade, que é estar na Glória Divina, ou seja, amando, adorando a Deus, em real comunhão com Ele. Ainda que em fração menos que infinitesimal e não pela mesma razão, o luto é uma amostra disso. É a gente querer amar uma pessoa, desejar estar perto dela, e não poder.

Sim, eu sei, a ferida ainda recente me faz ver as coisas com lente de aumento. Digamos que a amostra é do purgatório, pois a esperança do reencontro permanece. Seja lá como for.

Isso porque há uma diferença que salva: o resgate feito pelo Amor infinito. Só resta o querer nosso. Eu quero.

Falta-me poesia nesses tempos difíceis, perdão.

Agradeço a Nossa Senhora, que me ajudou a crescer no conhecimento de Cristo. Estive sendo preparada por Ela, nos últimos anos, para rezar mais – não só por mim. E para suportar esta perda. Agora, ficou mais clara, para mim, a chuva de corações, do Seu Imaculado Coração.

“Jesus, Maria, José, meu coração vosso é.”