sexta-feira, dezembro 11, 2015

Jeter l’argent par la fenêtre – on aura tout vu!





Jeter de l’argent par la fenêtre, littéralement! C’est ce qu’il est arrivé au Brésil, le 9 décembre 2015, lors d’une perquisition effectuée par l’opération appelée « Operação Pulso », menée par la Police Fédérale du pays, chez le directeur de Hemobrás, une société d'état relevant du Ministère de la Santé du Brésil, responsable pour la recherche et pour le développement de produits sanguins et de la biotechnologie.
Il s’agit d’un autre scandale de corruption ajouté à une liste qui semble ne pas finir. En plus des paquets d’argent lancés par la fenêtre pour éviter le flagrant, la police a trouvé dans l’immeuble où habite le haut fonctionnaire, plusieurs œuvres d’art impliquées, semble-t-il, dans le blanchissement d’argent.
Sur le site web officiel de la compagnie, on peut lire une note adressée à la presse, pour informer que l’entreprise collabore avec les investigations et que l’opération ne dérange pas le fonctionnement normal de l’institution.

segunda-feira, novembro 23, 2015

Vislumbrando uma luz no fim do túnel

Publicado também pela KBR Editora Digital, em 23 de novembro de 2015:

e


Os quebequenses têm uma intuição boa no contexto civilizatório. Deve ser herança francesa. Além disso, têm um espírito extremamente prático, com capacidade de criar soluções. São inventores natos, talvez por serem nativos de uma região onde a natureza apresenta tantas dificuldades à sua sobrevivência.
Já há algum tempo vêm dizendo que, para acabar com a "radicalização" dos jovens muçulmanos imigrantes, ou descendentes de imigrantes, que vivem em países do Ocidente, é necessário que os outros muçulmanos de suas comunidades sejam os primeiros a tomarem a iniciativa para impedir que isso ocorra. Porque quando outros agrupamentos da sociedade os denunciam ou os segregam (os outros estão com medo deles mesmo), são tachados de racistas e isso só piora a situação.
Mesma coisa dizem sobre os bandidos que surgem nas classes pobres dos países de terceiro mundo. O fenômeno é parecido pois, estando marginalizados e sem acesso a melhores condições de vida, alguns acabam se tornando criminosos. Mas não são todos, obviamente. Seus vizinhos e familiares que são honestos deveriam ser os primeiros (não os únicos, claro) a tomarem providências para que isso não ocorresse.
É preciso impedir que jovens se percam nas loucuras dessa violência absurda.
Toda essa energia canalizada para o mal poderia ser canalizada para ações e reivindicações pacíficas e honestas, visando um mundo melhor para todos. Seria interessante haver um movimento para motivá-los a tomarem atitudes dignas que resgatem neles o sentido de viver.
Após os atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, um professor universitário e psicólogo, Jocelyn Bélanger, se apressou em publicar um trabalho (em francês[1] e em inglês[2]) feito na Universidade de Quebec em Montreal (Université de Québec à Montréal), produto de pesquisas efetuadas sobre o extremismo, durante os últimos 50 anos. O trabalho é muito interessante, busca as razões pelas quais os jovens que vivem no Ocidente se “radicalizam”. O professor explica que o processo de radicalização começa pela perda de sentido de realização pessoal. Por exemplo, uma perda psicológica, uma humilhação, uma injustiça, uma rejeição social, uma opressão, podem provocar uma grande dor psicológica, que a pessoa busca atenuar. Estudos mostram que quando as pessoas são rejeitadas socialmente, as regiões do cérebro que se ativam são as mesmas associadas à dor física. Quando o indivíduo é estigmatizado, humilhado recorrentemente, existe uma dor e aparece a necessidade de atenuá-la. Isso acontece notadamente em grupos que escolhem a violência. A mudança pode também ser motivada por um ganho potencial, incentivado pelo discurso de um líder carismático, pelo sentimento de ser respeitado por um ato heróico ou de aventura.
O trabalho publicado não pára aí. Parece haver uma luz que se vislumbra no fim do túnel. Propostas concretas para solucionar o problema são lançadas. É preciso saber identificar os sinais precursores da radicalização e oferecer ajuda a fim de prevenir a escalada que leva ao extremismo violento. O autor enfatiza a importância do apoio e da intervenção da família e da comunidade próxima ao jovem, o papel dos professores e dos amigos. Um Centro de Prevenção da Radicalização foi criado em Montreal e tem sido muito útil, não só para identificar casos a risco, como para ajudar as pessoas a resgatarem o sentido de realização pessoal.
Creio eu que muito se pode fazer nesse sentido, achei que esse trabalho é muito importante e, em vista dos últimos acontecimentos, divulgá-lo o máximo possível tornou-se realmente de utilidade pública.
Precisamos encontrar meios de recuperar esses jovens que têm tanta energia para oferecer. Penso que motivá-los a agir contra tendências de radicalização em suas comunidades seria um bom começo, e que poderia evoluir, em seguida, para funções com o objetivo de melhorias na integração à sociedade em que vivem.
Vale a pena ler o trabalho (Bélanger, J. J., Nociti, N., Chamberland, P.-E., Paquette, V., Gagnon, D., Mahmoud, A., Carla, L., Lopes M., Eising, C. (2015). Bâtir une Communauté Résiliente dans un Canada multiculturel : Trousse de Renseignements sur l’Extrémisme Violent. Building a Resilient Community within Multicultural Canada: Information Toolkit on Violent Extremism. Université du Québec à Montréal).

quarta-feira, outubro 28, 2015

In our own pumpkins


Photo by Leo, in October 2004
Versão em português
Version en français

You will probably think I am an unsociable person, or a hermit. Maybe I am. And I think there are others like me in the world. Like everyone else, we should be respected in our choices. I will try to say something on behalf of such people.
I’m talking about employees’ relationships within a company. It is not like in a family, it is very far from that, indeed. Take a time to think about the policies of many companies, trying to turn into a family, a group of people who are strange to each other. It is an error, in my point of view. I think we don’t need to improve the friendship with our colleagues. The relationship should be only professional.
What do I mean by that? Please, follow my thoughts… We don’t choose our colleagues; we work in a place because of several circumstances, not because of the staff of a company… at least, this is not the rule. On the other hand, we choose our husband or our wife, and we usually like to be with them, with our children, if we have any, to live our lives. When the direction of a company tries to create situations so that people become friends, in an attempt to improve relationships at work, the purpose is clearly to increase the productivity for better results. It is a mistake! In my opinion, if we keep cordial and professional bonds, it will work better.
We don’t need those office parties or “happy hour” meetings to become friends. Don’t worry about that. When people are interested in socializing, they do it without coaching them. When they do not, it is not a party that will change it. The problem is that we are often more time with our colleagues during regular working hours than with our families in our private life. We don’t want to take still more time without our loved ones. We would be happier if no additional time was asked to stay far from home. And happier we are, better we work! Simple!
Even worse, if there is someone at work with a toxic personality, and we have to endure this person more and more, if we are forced to be friends, it can be a very difficult challenge. It can disturb the productivity very seriously.
So, dear managers, supervisors, and life coaching specialists, think about it. Halloween is just around the corner. Don’t make arrangements for a party, keeping people more time far from their loved ones. Let your employees go home in peace, to celebrate this date the way they want, with their families, in their own… pumpkin. This is the best choice, believe me!

Cada um na sua... abóbora


Photo by Leo, in October 2004
English version
Version en français

Vocês vão pensar que sou uma selvagem, insociável, uma eremita. Talvez seja. E acho que há outros como eu. Como todo mundo, devemos ser respeitados em nossas escolhas. Vou tentar dizer alguma coisa em nome dessas pessoas.
Estou falando do relacionamento entre empregados de uma empresa. Não é como em uma família, na verdade, muito longe disso. Vejam as políticas de muitas empresas tentando transformar em uma família, um grupo de pessoas que são estranhas umas às outras. Isso é um erro, no meu ponto de vista. Acho que não precisamos melhorar a amizade com os nossos colegas. A relação deveria ser apenas profissional.
O que quero dizer com isso? Por favor, sigam o meu pensamento... Nós não escolhemos nossos colegas; nós trabalhamos em um lugar por causa de várias circunstâncias, não por causa do pessoal que trabalha ali... pelo menos, esta não é a regra. Por outro lado, nós escolhemos o nosso marido ou a nossa mulher, e nós geralmente gostamos de estar com eles, com os nossos filhos, se temos algum, queremos viver nossas vidas. Quando a direção de uma empresa tenta criar situações para que as pessoas se tornem amigas, em uma tentativa de melhorar as relações de trabalho, o objetivo é, claramente, aumentar a produtividade para obter melhores resultados. É um engano! Na minha opinião, se mantivermos vínculos cordiais e profissionais, o rendimento será melhor.
Não precisamos dessas festinhas de escritório ou reuniões "happy hour" para nos tornarmos amigos. Não se preocupem, quando as pessoas estão interessadas em socializar, fazem isso sem precisar de "coaching". Quando não o fazem, não será uma festinha que vai mudar atitudes. O problema é que já ficamos mais tempo com nossos colegas, no horário regular de trabalho, do que com as nossas famílias em nossa vida privada. Não queremos mais tempo ainda sem nossos entes queridos. Ficaríamos mais felizes se não nos fosse imposto tempo adicional longe de casa. E quanto mais felizes estivermos, melhor trabalharemos! Simples!
Pior ainda, se há alguém no trabalho com uma personalidade tóxica, e temos de suportar essa pessoa cada vez mais, se somos obrigados a ser amigos, isso pode ser um desafio muito difícil e perturbar a produtividade seriamente.
Então, queridos diretores, supervisores e especialistas em coaching de vida, pensem nisso. Halloween está próximo. Não façam festinhas que segurem seus empregados fora de casa mais tempo. Deixem que eles vão para casa em paz, para comemorar esta data, ou não comemorar, do jeito que quiserem, com as suas famílias, cada um na sua... abóbora. Esta é a melhor escolha, acreditem!

domingo, outubro 11, 2015

Brazilian way




We often say that we, Brazilians, have a special way to do everything, which is called in Portuguese “jeitinho brasileiro”. Many people use it to do good things. But also many people use it to do bad things. Even when we try to follow a model, things never go out the expected way. Of course not, this infamous "Brazilian way" often induces people to get advantage where they should not. Just see how capitalism works in Brazil. You don’t need to be expert on the subject, just walk in the streets and see what happens in construction, for example, the myriad of workers in precarious conditions and receiving a derisory salary. Because of this, among other reasons, our country is labeled underdeveloped; or "developing country", to be politically correct.
Today, in capitalism of the most advanced countries, workers have a much better life and are aware of the role they play.
And don’t tell me that capital is lacking, and that it is concentrated in transnational "empires". After knowing the magnitude of money circulating in the dirty tricks of our Latin American republics, as we have seen in Brazil, don’t keep blaming developed countries, labelling them as "imperialists", as if they were responsible for the poverty in our countries. They are not stealing what our workers produce, not them. Our own politicians, governments and businessmen are doing it, depriving our people of having a better life.
Whatever the purpose, nothing can justify that. This vicious corruption is an abominable step backward that stubbornly persists in the minds of many people. Seduced by the vile metal, those people sell themselves to any government or politician who wants to use them as an instrument for their strategies. As long as narrow-minded people prevail, no good action will succeed.
We have the recent example of this political party in power for over a decade, raising a leftist flag, and basically nothing changed. To make matters worse, it commits and allows others to commit acts of populism and corruption in proportions never seen before. Concurrent with the damage being inflicted on the nation, it allows the "symbolic" action of hunting the corrupt. This drama is running in front of an increasingly confused audience, devoid of representatives to help.
Opportunists are more likely to act and weaken those who are already weak, performing an unspeakable massacre in places where people are more ignorant, where education is missing. It is a naive belief that what is wrong is the economic system. When honesty to comply with the rules of the game is missing, either on the right or on the left, nothing can improve. There is no theory that can be put in place; there is no regime or system that survives, when there is corruption coupled with ignorance. This situation favors the maintenance of oppressive conditions for disadvantaged people.
Changes are needed, of course, starting by the abolition of corruption, because nothing works well. I still believe in the education of the people as the best solution and I think it should be considered as a matter of considerable concern. Positive results would appear soon, like improvements in the mind-set of the people.