segunda-feira, dezembro 26, 2016

Homenagem ao desconhecido


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Quero homenagear aqueles que não conhecemos, de quem sequer sabemos o nome, mas que, com seu trabalho e sua atuação no mundo, fazem com que nossas vidas sejam melhores, mais seguras, mais agradáveis, mais serenas. Escolhi o desconhecido que edifica, sem precisar diminuir o seu semelhante para crescer.
Vamos prestar homenagem ao desconhecido que canta no rádio e nos traz momentos de prazer. Aos trabalhadores que nos mantêm conectados à eletricidade e à comunicação. Aos que se unem a nós para reivindicar dias mais promissores. Aos trabalhadores, em todos os escalões da construção civil, que projetam e fazem estradas e prédios seguros. Aos que embelezam o mundo. Aos que nos alimentam. Aos trabalhadores na área da saúde, na área da educação que, incógnitos no meio da multidão, cuidam de bens tão preciosos para nós. Aos que nos socorrem. Aos que nos defendem das injustiças, aos que nos salvam dos perigos. Aos que nos ajudam nos caminhos invisíveis da Vida. Aos que escrevem para nos alimentar de ensinamentos e encantamentos.
Todos, todos nós, enfim, que tentamos fazer o melhor que podemos, vamos nos regozijar de nossos esforços, em mais este ano que termina, e tentar fazer ainda mais no ano que vem. 
Feliz Ano Novo !

segunda-feira, dezembro 19, 2016

Feliz Natal e Próspero Ano Novo


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No mundo ocidental, que é o mundo onde nasci, cresci e sempre vivi, Natal e Ano Novo são festivos, tempo de trocar votos de felicidade. Mesmo que o ano tenha sido triste, duro, penoso, dramático; por isso mesmo, sentimos vontade de ter esperança por melhores dias. Aqui estou eu, de novo, para participar desta campanha em prol do otimismo.
Temos visto morrer os últimos bastiões de muitas ideias e feitos que transformaram o mundo no século passado. Temos visto, também, muitos novos e difíceis desafios, deste século em curso.
Nascida em meados do século XX, dele já estou-me considerando uma "sobrevivente". Não estou-me sentindo velha, apesar de a “máquina” vacilar, por vezes, mas é inegável que quem chega à minha idade já não é mais jovem, nem na cabeça, como alguns costumam dizer. Tendo vivido tantos anos, por mais distraída que uma pessoa possa ser, ela adquire uma experiência que só os velhos podem ter, obviamente.
No correr da minha trajetória, vi e estou vendo passar várias gerações. Olhem só... Eu conheci minha bisavó, que nasceu em 1877, imaginem. Ter convivido com uma pessoa daquela época, entre outras, dá um certo cabedal, não é? Mesmo que não quisesse, mesmo sem me debruçar obstinadamente nos livros de História, adquiri um conhecimento histórico consuetudinário não negligenciável. Grandes acontecimentos, descobertas, movimentos artísticos e da sociedade, avanços tecnológicos e científicos, guerras, tantos eventos ocorridos nos anos 1900, que os jovens de hoje conhecem pela boca de professores, pelo uso de aparelhos modernos, ou pela leitura de textos, foram presenciados por pessoas da minha geração, que estavam lá quando muitas dessas coisas aconteceram.
É natural pensarmos que sabemos muito, mas faz pouca diferença, na verdade. Acaba sendo muito importante para nós mesmos. Essa “era” vai caminhando para o seu fim, a face da Terra vai adquirindo novas faces, e também as ideias vão-se renovando. É inútil querer que as antigas prevaleçam. É normal e salutar que haja mudanças, que haja progressos na sociedade humana.
Espero que os jovens sejam capazes de descobrir a importância de seu próprio tempo, com seus próprios desafios, que não são poucos. Que não adiem aquilo que lhes cabe como agentes do futuro. Em muito pouco tempo, nós, os mais velhos, não estaremos mais aqui, nem para ajudar, nem para atrapalhar. Que eles se desapeguem dos ranços nefastos desse século que já passou, mas que estão ainda tentando, com fútil contumácia, manter seus estertores finais. Não que o passado seja de todo ruim, ao contrário, ele nos dá sabedoria.
Desejo aos cidadãos do ano que vem um futuro promissor. Que saibam usar sua energia para aperfeiçoar os acertos e não para insistir nos erros, seja lá onde for que julguem ter havido enganos. E, sobretudo, que tentem inovar, sem, no entanto, se esquecerem de um instrumento muito velho que nunca foi bem usado por nós, apesar de ter sido tão apregoado e de o ser ainda: o Amor. Para este eu não abro mão de fazer propaganda... “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mateus 13:9)
A todos nós, enfim, que nos esforcemos para agir com solidariedade, tentando acalmar instintos belicosos, em vez de fomentá-los. Precisamos de nos unir, com objetivos comuns, para o bem da humanidade, para o nosso bem. As novas tecnologias da comunicação, que vão evoluindo rapidamente, podem nos ajudar muito, se não as usarmos com malignidade.
Que este momento especial do nosso planetinha, em sua órbita em torno do sol, mantendo a vida e a morte nesse círculo vicioso, tão atraentemente dependente dos raios solares, nos ajude a compreender quão ínfimos somos e, ao mesmo tempo, grandes por compreendermos isso.
Para finalizar, quero partilhar com todos a melhor energia de que disponho: a fé na VIDA sem morte, para além de tudo isso que podemos perceber. A comemoração do nascimento do Menino Jesus nesta época do ano foi muito bem escolhida, a analogia é muito boa. A luz do sol, da qual nos distanciamos (pela translação da Terra), e que deixou para nós o frio glacial, começa a ressurgir para o norte deste mundo, trazendo a esperança de volta a nossos corações.  
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

domingo, dezembro 04, 2016

Apoio à Lava-Jato




As investigações e punições, como vêm ocorrendo com a "Lava-Jato", vêm sendo fortemente recomendadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Já ficou devidamente esclarecido que a situação de miserabilidade em que se encontram dois terços da humanidade se deve, em grande parte, à corrupção que grassa no planeta, principalmente nos países do terceiro-mundo, onde a população ignorante não é capaz de exigir seus direitos, sequer de ter conhecimento deles. A determinação feita pela organização é para que máximos esforços se façam para combater a corrupção.
Para tal, existem modelos de estrutura policial e judiciária que são recomendáveis, e estão sendo usados em vários países, para que as ações de investigação e punição não possam ser coibidas por interesses escusos nem sujeitas a embaraços. Assim tem agido a UPAC (Unité Permanente Anticorruption) no Quebec, bem como em todo o Canadá.
Não faz muito tempo, uma ex-vice Premier do PLQ (Partido Liberal do Quebec), entre outros, foi presa por corrupção, situação rara por aqui, e o Ministro da Segurança Pública disse que "é importante lembrar que não há absolutamente ninguém acima da lei, e que a UPAC deve fazer e faz seu trabalho de forma independente." (1)
Assim vinha agindo também a nossa "Lava-Jato", no Brasil. Agora com o absurdo desvirtuamento da proposta anti-corrupção analisada no Congresso Nacional, que a transformou em pró-corrupção, a estrutura policial e judiciária corre o risco de perder toda a sua função e utilidade. Espero que mais esta aberração brasileira seja corrigida a tempo.