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Incrível constatar a igreja quase cheia na Quarta-feira de Cinzas, na missa matutina, comumente frequentada por gatos pingados. Todos indo, humildemente, receber o sinal de sua finitude.
Na homilia da missa de hoje, o padre falou uma coisa que a gente sabe, mas dada a tendência do ser humano em repetir o erro, achei bom ouvir a lição de novo. Ele disse que Adão e Eva foram tentados a querer ser como Deus. Ele trocou em miúdos: querer ser como Deus é achar que não precisamos ou chegaremos a não precisar de Deus, que podemos fazer nossas próprias regras, determinando o que é o bem e o mal.
Em outras palavras, é o que a humanidade tem a tentação de pensar, não é? Que, um dia, com o desenvolvimento, com o avanço da "ciência", a humanidade conseguirá solucionar todos os problemas, não é? E que somos capazes de saber o que é bom e o que é ruim para nós, para fazer nossas próprias leis. É esse o pecado original... achar que podemos prescindir de Deus. Voilà.
Creio que não preciso explicar por que coloquei "ciência" entre aspas, eu que sou uma pessoa que sempre estive às voltas com a "ciência", nos mais profundos mecanismos moleculares da vida (vide Oncologia/Quimioterapia). Por isso mesmo, tenho ciência das nossas falhas, das nossas limitações.
Devemos, sim, continuar fazendo os maiores esforços para progredir na ciência, por amor ao próximo e a nós mesmos, para melhorar a condição humana. Mas que não tenhamos a pueril ideia de que conseguiremos resolver tudo.
Ao pó retornaremos... sábia liturgia que nos carimba esta verdade na testa, todo ano.
Para além desse limite, só Deus.
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Prima querida, um abraço agradecido pela brilhante reflexáo, táo linda quanto simples e profunda! Feliz Caminho Quaresmal, rumo á Páscoa da Ressurreiçáo!
ResponderExcluirMuito obrigada! Sua aprovação me motiva. E vamos em frente, graças a Deus!!!
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