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O evangelho
de domingo passado foi aquele em que Jesus compara o Reino de Deus a um
agricultor que plantou trigo e um inimigo veio e semeou o joio. O cultivador
não quis que seus empregados arrancassem o joio antes do tempo da colheita,
pois junto com ele poderiam arrancar também o trigo. No tempo certo, os dois
seriam separados, o joio jogado ao fogo e o trigo recolhido no celeiro (Mateus 13: 24-43).
O padre que celebrou a missa
que assisti pela TV (“confinement oblige”) deu uma explicação com uma abordagem interessante
[1] que condiz com a do Papa Francisco [7], ambas confluindo para a explicação definitiva
que Jesus dá a seus discípulos. O padre disse que todos temos
joio e trigo em nós mesmos e que precisamos saber lidar com isso, não nos
deixando dominar pelo joio que há em nós.
Pensando bem, é isso mesmo, somos deste mundo, somos terra e semente, porém dotados da faculdade de escolher o que é bom, conforme o que Nosso Senhor plantou. Não cabe a nós remover o joio, entretanto, pois não somos capazes; quantas vezes pensamos estar fazendo o que é melhor e nos enganamos. Só mesmo com a ajuda do Altíssimo.
Pensando bem, é isso mesmo, somos deste mundo, somos terra e semente, porém dotados da faculdade de escolher o que é bom, conforme o que Nosso Senhor plantou. Não cabe a nós remover o joio, entretanto, pois não somos capazes; quantas vezes pensamos estar fazendo o que é melhor e nos enganamos. Só mesmo com a ajuda do Altíssimo.
O joio e o trigo estão tão
imiscuídos, que não conseguiríamos separá-los, extraindo somente o joio, sem
remover o trigo junto. Não nos foi dado fazer isso. Foi-nos dado um tempo de
escolha. Segundo a interpretação do sacerdote, vivemos num tempo de paciência
de Deus, até que chegue o momento em que seus Anjos farão a colheita daqueles que escolheram ser trigo, digamos assim.
A pergunta
que não se cala: por que o mal é permitido? Mistério que recai na espiral do
livre arbítrio. Ainda mais impressionante quando nos lembramos das passagens em
que Jesus fala sobre o seu adversário, chamando-o de príncipe deste mundo, o
Demônio (João 12:31; 14:30; 16:11). Este mundo decaído, do qual somos integrantes, está
sob a ação desse “príncipe”! [2]
Fica difícil até raciocinar sobre isso, tal é o emaranhado em que nos encontramos. Não podemos nos esquecer, no entanto, que Jesus veio nos resgatar desse mal. Como bem disse o Papa Francisco, “Aqueles que buscam os limites e defeitos de outros não colaboram bem com Deus, mas sim aqueles que sabem reconhecer o bem que cresce silenciosamente no campo da Igreja e da história, cultivando-o até a maturação.” [7]
Fica difícil até raciocinar sobre isso, tal é o emaranhado em que nos encontramos. Não podemos nos esquecer, no entanto, que Jesus veio nos resgatar desse mal. Como bem disse o Papa Francisco, “Aqueles que buscam os limites e defeitos de outros não colaboram bem com Deus, mas sim aqueles que sabem reconhecer o bem que cresce silenciosamente no campo da Igreja e da história, cultivando-o até a maturação.” [7]
- Valei-me, Jesus, Maria e José! Meu coração vosso é.
Uma última
consideração, hoje. O mal está ligado ao sofrimento. Pelo menos, temos
tendência a ver o mal como causa de sofrimento. Isso me leva aos umbrais do significado
da penitência. O sofrimento pode ser redirecionado para uma forma de desapego ao que é deste mundo, como oferta a Deus, portanto, já tentando anular o efeito
“joio”, de domínio do príncipe horrendo. Além disso, pode-se, também, oferecer
o sofrimento, como Nossa Senhora orientou os pastorinhos de Fátima a fazerem: “Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão
dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração
de Maria” [6]).
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- Ó Maria concebida sem pecado,
rogai por nós que recorremos a Vós.
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Links
relacionados:
[4] Sofrimento
[7] Papa Francisco: colaboremos com o bem que cresce silenciosamente [8] Por que não arrancar o joio de uma vez?
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