terça-feira, outubro 04, 2016

Para o segundo turno




Estas eleições municipais de 2016, no Brasil, estão das mais difíceis. Tenho visto comentários, nas redes sociais, que demonstram isso. Mas, para não perder o costume, vou tentar ver um ângulo melhor do cenário. Essa dificuldade não seria porque o povo está mais consciente e mais cuidadoso ao votar? Assim espero.
Se o povo está mesmo mais consciencioso, deve estar filtrando o palavrório com o qual os candidatos jogam. Devem estar de ouvido atento, também, para não deixar entrar propaganda enganosa. E, muito importante, deve estar verificando se o candidato está envolvido em algum tipo de corrupção.
Os eleitores mais conscientizados devem estar, certamente, tentando escolher o candidato mais dado ao diálogo com o povo, que não tenha preferências ou idiossincrasias; principalmente, aquele que não parte do princípio de que uma opinião diferente da sua esteja errada e deva ser corrigida, ou seja, aquele que respeita o que os outros pensam, dando espaço para manifestações contrárias, com espírito construtivo, no exercício da democracia.
O eleitor brasileiro mudou de atitude. Ele não aceita mais candidatos que demonstrem desprazer ou repulsão para com certas fatias da população, quaisquer que sejam, desencadeando nelas o sentimento de que estão sendo rejeitadas, o sentimento de abandono, de orfandade. Os brasileiros agora sabem que o bom candidato é aquele que se preocupa com o bem-estar de todos, sem exceção, e que vai procurar eliminar as causas de conflitos entre os compatriotas.
Mais sábio ainda está o eleitor dos dias de hoje, quando escolhe o candidato ao qual o povo será capaz de fazer uma oposição mais eficiente, após ser eleito. Aquele em que não encontrará dificuldade para ir contra as decisões que tomar, caso isso seja necessário. Ou seja, o brasileiro hoje usa a estratégia de votar já pensando em fazer oposição ao candidato eleito, mesmo que seja o seu escolhido.
Boa sorte, Brasil!

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