Estas eleições municipais de
2016, no Brasil, estão das mais difíceis. Tenho visto comentários, nas redes
sociais, que demonstram isso. Mas, para não perder o costume, vou tentar ver um
ângulo melhor do cenário. Essa dificuldade não seria porque o povo está mais
consciente e mais cuidadoso ao votar? Assim espero.
Se o povo está mesmo mais
consciencioso, deve estar filtrando o palavrório com o qual os candidatos
jogam. Devem estar de ouvido atento, também,
para não deixar entrar propaganda enganosa. E, muito
importante, deve estar verificando se o candidato está envolvido em algum tipo
de corrupção.
Os eleitores mais
conscientizados devem estar, certamente, tentando escolher o candidato mais
dado ao diálogo com o povo, que não tenha preferências ou idiossincrasias;
principalmente, aquele que não parte do princípio de que uma opinião diferente
da sua esteja errada e deva ser corrigida, ou seja, aquele que respeita o que os
outros pensam, dando espaço para manifestações contrárias, com espírito
construtivo, no exercício da democracia.
O eleitor brasileiro mudou
de atitude. Ele não aceita mais candidatos que demonstrem desprazer ou repulsão
para com certas fatias da população, quaisquer que sejam, desencadeando nelas o
sentimento de que estão sendo rejeitadas, o sentimento de abandono, de orfandade. Os brasileiros agora sabem
que o bom candidato é aquele que se preocupa com o bem-estar de todos, sem
exceção, e que vai procurar eliminar as causas de conflitos entre os
compatriotas.
Mais sábio ainda está o
eleitor dos dias de hoje, quando escolhe o candidato ao qual o povo será capaz
de fazer uma oposição mais eficiente, após ser eleito. Aquele em que não encontrará
dificuldade para ir contra as decisões que tomar, caso isso seja necessário. Ou
seja, o brasileiro hoje usa a estratégia de votar já pensando em fazer oposição
ao candidato eleito, mesmo que seja o seu escolhido.
Boa sorte, Brasil!
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