Estive fazendo uma
retrospectiva, com relação à violência no Brasil, mais especificamente, em Belo
Horizonte. Tenho dados que ajudam minha memória, num certo período. Conheci o
meu canadense, pela internet, em junho de 1996. Ele não conhecia praticamente
nada sobre o Brasil. Para dar uma ideia a ele, saí pelas ruas e avenidas de BH,
filmando vários lugares interessantes.
Na época, eu tinha aquela
câmera enorme, que a gente apoiava no ombro, para gravações em VHS. Filmei lá
em cima, no alto da Afonso Pena, Praça do Papa, Praça da Bandeira, Praça
Tiradentes, Praça da Liberdade, Centro da cidade e arredores da Santa Casa,
onde eu trabalhava. Fixava a câmera no painel do meu carro e lá ia eu filmando
o trajeto (fazia uma verdadeira gambiarra, a câmera no tripé e fixada com fitas
adesivas, para não balançar). Quando chegava no lugar onde queria filmar com
detalhe, estacionava o carro na rua, despregava a câmera do painel e saía do
carro, filmando a pé, com bolsa a tiracolo e câmera no ombro. Ia sozinha, sem
medo de me roubarem a bolsa, ou aquele trambolho que, nem que eu quisesse, não
dava para esconder; tampouco pensava que alguém podia aparecer na minha frente,
armado, para roubar meu carro. Diga-se de passagem, não sou uma pessoa destemida nem temerária, muito pelo
contrário.
Isso foi, como eu disse, em
1996. Era hora para fazer as mudanças necessárias, para tirar o povo da
pobreza, para melhorar as condições dos desvalidos. Os brasileiros estavam
esperançosos, naquela época, a sociedade estava disposta a enfrentar mudanças
sociais... Tanto que elegeu um ex-exilado, sabidamente socialista. Mas não,
não mudaram grande coisa.
Entre 1996 e 1999, os
assaltos nas ruas e às casas aumentaram absurdamente. Sei que foi nesse período
porque me mudei para o Canadá em 1999, logo só posso ter visto isso até aí. Na
nossa rua, em plena luz do dia, ouvíamos gente gritando socorro, várias vezes
por dia, alarmes de carro disparando. Meu quarto ficava no lado da casa que
dava para o cruzamento entre duas ruas, e uma delas parecia ser um corredor de
fuga dos pivetes; à noite, acordava inúmeras vezes com correrias e gritarias na
rua e, não raro, havia tiroteio; eu tinha até medo de tomar alguma bala perdida. Chegou
a um ponto em que os moradores resolveram colocar vigia de rua.
Nos arredores da Santa Casa,
a coisa virou um pesadelo. Médicos, andando nas vias públicas, não podiam mais
atender o celular, que passava um e quase arrancava-lhe a orelha junto. A piora
da segurança pública foi muito rápida, as estatísticas de crimes subiram como
um foguete e eram diretamente associadas ao tráfico de drogas. Eram pivetes
traficantes e usuários que passaram a aterrorizar os transeuntes. Dá a
impressão de que houve algum tipo de facilitação para a instalação e o
crescimento desse desastre, que ocorreu em todo o Brasil.
Nessa altura, quando ia a pé
para o trabalho, eu já nem carregava bolsa. Colocava meus papéis numa sacolinha
de supermercado e algum dinheiro no bolso de trás da calça, para o caso de ser
abordada por um bandido e ter o que dar. Que qualidade de vida é esta? Lembram
que, em 1996, eu andava com minha câmera na rua, sem problemas?
Depois, estive de volta ao
Brasil em 2001 e de 2002 a 2004. A situação estava tétrica. Fiquei apavorada,
pois já tinha-me acostumado com a tranquilidade e segurança do Canadá. E, até
hoje, só vejo notícias de que a coisa tem piorado cada vez mais.
Fui checar quais eram os governos
federais nesses períodos. Com que personagens da nossa história me deparei? O primeiro
governo de Esquerda, após a ditadura militar, foi o do FHC; seu primeiro mandato
começou em 1995. Somando com Lula e Dilma, são 22 anos de governos supostamente
de Esquerda, no Brasil.
Dá muito desgosto pensar como estes governantes desprezaram o apoio maciço que a população brasileira
lhes deu. Foi uma traição vergonhosa. Nenhum deles fez maiores esforços para melhorar
as condições dos pobres brasileiros, impelindo muitos deles a procurar
sobrevivência e poder paralelo por meios ilícitos – tráfico de drogas,
assaltos, homicídios. Os alegados ganhos sociais não passaram de
"marketing", afinal. Foi só "para inglês ver".
Sei não... Pode até ser
algum delírio, mas chego a achar que isso é uma estratégia dessa turma que
segue os preceitos de Marx (violência, lembram do que ele escreveu sobre isso?),
impingindo o caos civilizatório à nação, para que possam fazer o
"diabo", como já chegamos mesmo a ouvir de viva voz e a constatar,
com as provas da roubalheira.
Temos que ficar atentos e
nos prepararmos para as eleições de 2018.
A experiência de governos de Esquerda no Brasil foi desastrosa, criminosa. Justamente os governos em que tantos haviam depositado a esperança de dias melhores. Esta Esquerda brasileira que vimos representada no poder, todo esse tempo, bem como seus correlatos, na minha opinião, não merecem nossos votos.
Sejam quais forem os eleitos nas próximas votações, urge que exijamos a melhoria nas condições de vida de todos! Não podemos permitir que haja gente vivendo ainda na "idade média", em pleno terceiro milênio da era cristã. Se deixarmos para governantes e políticos decidirem, sabemos o que a maior parte deles faz: rouba. Se não fizermos nada para que isso mude, se não pusermos a boca no mundo, estaremos compactuando com isso.
A experiência de governos de Esquerda no Brasil foi desastrosa, criminosa. Justamente os governos em que tantos haviam depositado a esperança de dias melhores. Esta Esquerda brasileira que vimos representada no poder, todo esse tempo, bem como seus correlatos, na minha opinião, não merecem nossos votos.
Sejam quais forem os eleitos nas próximas votações, urge que exijamos a melhoria nas condições de vida de todos! Não podemos permitir que haja gente vivendo ainda na "idade média", em pleno terceiro milênio da era cristã. Se deixarmos para governantes e políticos decidirem, sabemos o que a maior parte deles faz: rouba. Se não fizermos nada para que isso mude, se não pusermos a boca no mundo, estaremos compactuando com isso.
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