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E se o Big Bang fosse um "reboot" (reinicialização) do sistema depois de um Big Bug... oops... após o dito "pecado original"?
E todo o processo evolutivo que se seguiu, se arrastando e tentando driblar a morte... Tudo parece bonito após a reinicialização, mas imperfeito, com as consequências do bug...
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E se o Big Bang fosse um "reboot" (reinicialização) do sistema depois de um Big Bug... oops... após o dito "pecado original"?
E todo o processo evolutivo que se seguiu, se arrastando e tentando driblar a morte... Tudo parece bonito após a reinicialização, mas imperfeito, com as consequências do bug...
“Parece-me que todos os eventos que acontecem nesse universo são uma
tentativa de dar lugar à vida. No entanto, a vida depende da morte de outro – isto
não é o que eu chamaria de "perfeição". Apesar dessa confusão, temos
uma espécie de instinto ancestral, eu ousaria chamar de memória ancestral de
sobrevivência; estamos sempre tentando-nos recuperar, temos um impulso que nos
leva ao desenvolvimento. Seja lá o que for, algo de errado deve ter acontecido
com o universo, de modo a redundar nessa imperfeição. Deve haver algo mais
amplo do que o que somos capazes de compreender por agora...
Em outra escala, seria algo semelhante ao agente que danifica a célula e
provoca a sua multiplicação desesperada (no câncer), apesar dos efeitos
nefastos causados a outros tecidos e até mesmo levando à perda de todo o
organismo. Estou cada vez mais convencida de que o comportamento das células
cancerosas é uma tentativa desesperada para sobreviver após uma lesão causada
por algum agente nocivo (como a radiação, só para dar um exemplo). O dano
sofrido é sentido como um perigo letal e a célula começa um mecanismo quase invencível
de multiplicação, para manter-se viva. Mas ele é caótico e leva a consequências
desproporcionadas. É o poder da vida atuando em um sistema que contém um erro,
um "erro básico".
..........................................
Em nível de universo, algo realmente muito errado deve ter acontecido
com a vida, de modo a explicar toda esta situação caótica, nada perfeita, de
modo algum. É muito tentador acreditar em um agente prejudicial afetando o universo,
e que poderia ser o que algumas religiões chamam de “pecado original”.
Obviamente, eu não acredito literalmente em narrativas tradicionais, pois são
recheadas de alegorias; mas, provavelmente, resultaram de pensamentos
filosóficos inspirados. Que aconteceu? Eu não sei. Somos muito insignificantes
para percebermos como e porquê. Mas o resultado é claro, todos podem constatar:
cada unidade neste universo está tentando sobreviver e não consegue escapar da morte.”
(Trecho de: VIEIRA-MONTFILS, M.C. Nos bastidores do Câncer. Petrópolis, Brasil: KBR, 2015: http://www.amazon.com.br/dp/B00W46DHBM)
(Trecho de: VIEIRA-MONTFILS, M.C. Nos bastidores do Câncer. Petrópolis, Brasil: KBR, 2015: http://www.amazon.com.br/dp/B00W46DHBM)
INSTINTO IMORTAL
Porque dói tanto a morte?
Por que o pranto?
Não seria nossa inevitável
sorte?
Que instinto ancestral,
em tão frágeis apriscos,
repudia seus riscos?
Que lei natural nos faz tão
tristes?
Não seria o normal?
E por que dói tanto
esse instinto imortal?
(VIEIRA-MONTFILS, M.C. Janela Virtual. Acton Vale, Canadá: COOLSEA, 2005)
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Links relacionados:
Contorcendo neurônios...
Somos "peste e cólera"
(VIEIRA-MONTFILS, M.C. Janela Virtual. Acton Vale, Canadá: COOLSEA, 2005)
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