quinta-feira, janeiro 23, 2020

A boa causa



O sentido da vida é amar a Deus e cuidar amorosamente de tudo o que Ele criou, para glorificá-LO. Cuidar de cada um de nós, dos outros e da natureza que nos rodeia, para agradar a Deus. É para Ele. Depois que a gente enxerga isso e tenta praticar, a vida fica mais alegre, a gente sente o agrado em nossos próprios corações.
É tão bom ter um amor, querer e fazer tudo para que ele esteja bem. Sentir-se feliz com a alegria do outro. Quando é recíproco, então, é uma felicidade só. É assim com Deus também.
O mundo está injusto porque falta amor. É preciso consertar isso, mas sem massacrar ninguém. Se para tornar o mundo mais justo, temos que destruir, isso não é amor. Precisamos tentar. Uma semente boa lançada na terra dará bons frutos. E para quem tenta... “fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas” [1].
Quem não se sentiu bem alguma vez ao ajudar uma pessoa em dificuldade? Poder servir faz bem, não faz? Principalmente, se for sem receber nada em troca, tampouco se  vangloriar da ação. Quem ainda não experimentou isso, experimente! Mesmo que tenha seus próprios sofrimentos.
Apesar de estarmos encaixados num sistema de leis nem sempre muito legais, nada impede que distribuamos nossa boa vontade, nossa disposição em servir ao bem do próximo. Os pequenos gestos podem mudar o estado de espírito de quem está à nossa volta e continuar em ondas que vão-se propagando.
Escrevi este pequeno texto em homenagem, ao mesmo tempo em agradecimento à minha irmã [2], Leonídia, pelo exemplo de vida e amor ao próximo, dedicados à glória de Deus. Não compreendia a sua abnegação total, agora percebo que ela havia encontrado a boa causa: era por Nosso Senhor Jesus Cristo. Que ela nos ajude a também encontrar e não mais perder.
        Sinto muita falta dela ainda, mesmo tantos anos depois de sua morte. Ela se foi tão cedo... “Ó Deus, como são insondáveis para mim vossos desígnios!” [3]. Mas sinto que ela continua nos ajudando, de lá do outro lado.
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