O encontro - Epifania

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“E, vendo eles a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria.
E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.” (Mateus 2:10,11)

Uma pequena camada de neve cobria o gelo no adro da igreja, não precisei usar meus “crampons” nas botas. Talvez tivesse sido melhor usá-los, pois não conseguia andar depressa. Enquanto eu perscrutava cada milímetro de chão, para dar um passo à frente, observei o andar de outros, lépidos, sem sequer olhar para baixo. De duas uma, ou as duas: falta-me muita quilometragem sobre o gelo e, realmente, não tenho habilidade para esportes radicais. Nem é pela idade, pois os igrejeiros aqui empatam comigo ou são mais velhos ainda.

Neste domingo de celebração da Epifania, fui à missa de manhã. Apesar do frio, o sol estava brilhando. A nossa estrela parecia também querer anunciar o nascimento de Jesus a nós, “gentios” de terras longínquas.

Quando vou à missa sábado de tarde, sempre me sento nos últimos bancos, para sair antes, se a lista de avisos do final se alonga muito e vejo que o céu já está escurecendo. Não gosto de dirigir na estrada à noite, sobretudo no inverno.

Como estava cedo, resolvi sentar-me mais lá na frente, para escutar melhor e sem pressa para sair. Nunca tinha reparado nos quadros da Via Sacra, de fora a fora, nas paredes laterais da igreja. Onde me sentei, fiquei bem ao lado de um deles. Era a quarta estação, o encontro de Nossa Senhora com Jesus carregando a Cruz. Os quadros são grandes, imponentes, as pinturas são lindas. Neste do qual me avizinhei, estava escrito, em francês, "La rencontre".

Encontros... 
          Os Magos seguiram a Estrela de Belém e encontraram o Menino Jesus nos braços de Maria, diz o Evangelho. Nossa Senhora está sempre presente no projeto salvífico de Deus para nós. Cheia da Graça do Espírito Santo, Ela quer nos mostrar Jesus, o nosso “Caminho”, em todas as circunstâncias.

Que nossos corações estejam abertos à Epifania, este insight iluminado pelo e para o Divino. Que nós sejamos sábios como os Magos e sensíveis às mensagens de Deus, para encontrá-LO. Nos dias de hoje, precisamos aprender com mais um exemplo de sabedoria e de escuta da inspiração divina que os Magos nos deixaram: a argúcia de evitar aqueles que, como Herodes, querem destruir a nossa Luz, a grande razão da nossa fé; desviemos nosso caminho deles.

A igreja estava cheia, nesse domingo. Não esperava encontrar tantos fiéis, fiquei alegre com isso. Tem mais gente do que eu imaginava, como os Reis Magos, procurando o Menino Deus.

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