sábado, setembro 28, 2019

Não tem registro

Publicity photo of the CBS television  
series Lost in Space. Public domain.
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Um amigo nosso que trabalhou com programação de computador, em alto nível, agora aposentado, contou que recebeu um telefonema de uma companhia que lhe oferecia serviços de telefonia, com uma conversa aparentemente normal. Num dado momento, ele suspeitou que poderia estar conversando com uma “inteligência artificial”, coisa que, segundo ele, vem-se tornando cada vez mais difícil de perceber. Para ter certeza de que estamos conversando com uma espécie de “avatar” de computador, ele sugere que demos uma resposta inusitada, inesperada, ou simplesmente que não respondamos às perguntas. A reação do interlocutor nos dará uma ideia mais exata de quem ele realmente é.
As gerações atuais estão nascendo com este desenvolvimento tecnológico já viável, quase banalizado. É no mínimo fascinante, sobretudo para gente da minha geração, que assistiu a filmes de ficção científica nos quais isso acontecia e que parecia ser algo muito distante no futuro. Chegamos àquele futuro.
Quem da minha “era” não se lembra do engraçado seriado americano “Lost in space”, nos anos 1960, com a família Robinson e o famoso robô, “aquela lata enferrujada” – um dos inúmeros insultos que lhe dirigia o não menos famoso Dr. Smith. Diante do imprevisto, o robô dizia: “Não tem registro, não tem registro”. Eu gostava da sinceridade lógica/científica, algo ingênua, do personagem robótico. Há um remake recente do seriado, não o conheço.
Como será que as “inteligências artificiais” atuais reagiriam a situações inusitadas? Eles estão cada vez mais inteligentes! O meu receio é de que sejam cada vez mais capazes de imitar o comportamento humano.

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