terça-feira, setembro 24, 2019

Jesus entre os doutores


Relendo o episódio de Jesus perdido e encontrado no Templo entre os doutores e os comentários de estudiosos sobre o assunto, achei tão interessante... de novo! Há vários aspectos fascinantes, a meu ver, com todas as hipóteses aventadas e conclusões tiradas.
O ponto que mais chama a minha atenção é o fato de ter sido, ao que tudo indica, Nossa Senhora, a mãe de Jesus, quem narrou os acontecimentos ao evangelista; ele fez um trabalho de coleta de informações precioso, resultando nessa ótima “reportagem”, que nos dá uma ideia de como Jesus era antes de iniciar sua vida pública, um jovem voltado ao conhecimento, que “crescia em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.” (Lc 2, 41-52).
Minha mãe era uma boa contadora de casos, sobretudo quando se tratava de um caso sagrado. E neste em especial, ela demonstrava empatia com a narração de Maria; um caso típico que qualquer mãe contaria com o devido realce. Lembro-me dela lendo e narrando esta passagem para nós, quando éramos pequenos, transmitindo a aflição de perder um filho de vista, naquelas circunstâncias. Como num filme, eu via José e Maria, ao darem falta do Menino, procurando-o por toda parte, fazendo a longa viagem de volta a Jerusalém, e o alívio ao encontrá-lo no Templo, entre os doutores, estes maravilhados com Seus conhecimentos.
E que orgulho sentia pela Sabedoria daquela “Nossa” criança, o que me levava a eliminar qualquer possível falha dEle em não ter-se juntado à família em viagem, principalmente pelo fato de estar cuidando das “coisas do Pai”. Essa experiência nos ensina que Deus está acima de tudo, até mesmo da submissão aos pais da Terra; ao mesmo tempo, fica bem claro que Jesus também era obediente a eles, por isso mesmo dava supremo valor “às coisas do Pai”, como José e Maria davam.
Tem-se disseminado muito, hoje em dia, a ideia que dilui Deus no cosmo, como se fosse apenas algum elemento imiscuído em tudo e não um ser com vontade própria o ser ("Eu sou aquele que sou"). E nesse caminho, perde-se Jesus de vista, bem como sua Divindade – perdemo-nos, nós mesmos. Pela internet, aprendi uma oração muito interessante. Ela pega a deixa desta passagem no Evangelho de Lucas e a aplica aos nossos momentos de busca, rogando a Maria e José que nos ajudem a encontrá-lO.
Imagem originária da página:
https://www.facebook.com/RecantoParaReflexao

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário