Hoje, 19 de abril, junto com o Brasil, presto homenagem aos Povos Indígenas; é o dia deles, que são uma parte importante da ancestralidade do povo brasileiro.
Em associação de ideias e imagens, lembrei-me da TV Itacolomi [1] a) e [1] b), o canal de televisão pioneiro em Belo Horizonte, cujo símbolo era o de uma criança indígena, uma gracinha de desenho. A TV começou a funcionar, em BH, em 1955, ano em que eu nasci (em São Paulo e no Rio, foi antes).
Nos primeiros anos, as transmissões eram feitas a partir do centro de BH, do Edifício Acaiaca [2], onde ficavam as instalações da TV Itacolomi. Aliás, o nome Acaiaca é um nome indígena e, na fachada do prédio, há uma escultura linda e imponente, representando um indígena. Em todo o Brasil, a presença e o legado dos povos originários (como se diz atualmente) são evidentes e muito lembrados.
E, falando dos primórdios da televisão, era também a figura de um indígena que aparecia na tela, antes de começarem as programações. Naquele tempo, televisão era novidade, tudo era agradável de ver, até mesmo aquela imagem imóvel com a figura do indígena [3], que encarávamos pateticamente durante longo tempo, à espera do início da programação do dia. Quando ela aparecia, substituindo o chuvisco de fora do ar, sabíamos que, a qualquer momento, as transmissões poderiam começar. Os horários não eram muito rígidos, havia muita improvisação.
Depois, fiquei sabendo que imagem semelhante aparecia em todos os lugares onde era usado o mesmo padrão de controle de imagem (RCA [3]), para ajustar as câmeras. Aqui no Canadá, o cartaz também tinha um indígena. E meu marido me contou que eles também ficavam olhando para ele, esperando a programação começar :-).
É... sou antiga mesmo. Isso é do tempo em que a gente falava, brincando e sem acreditar, que um dia talvez conversássemos pelo telefone vendo a pessoa do outro lado.
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Links relacionados:
[1] a) A história da TV Itacolomi
b) Primeira emissora mineira (apresentação de Laura Lima)
[2] Edifício Acaiaca
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