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Vendo uma foto publicada na
página oficial Facebook da Igreja São José de Belo Horizonte, lembranças de
outros tempos vieram à tona. A foto aérea [1] mostra o formato perfeito de uma
Cruz no telhado; também me chamou a atenção o corredor que existe dentro do
terreno da igreja, que aparece na horizontal e se estende da esquina da rua
Tupis com Espírito Santo à confluência de Rio de Janeiro com Tamoios... não é
nenhuma “calçada da fama”, mas interliga algumas de nossas tribos indígenas, que foram eternizadas
e repovoam os estados do Brasil nas ruas de BH.
Não sei como está hoje, mas
me lembro que, antigamente, quando a gente andava a pé no Centro de BH, era
tradição cortar caminho, passando por aquele corredor, que estava
constantemente repleto de gente, indo e vindo. As entradas ficavam sempre
abertas, assim como as portas da Matriz de São José. Num verdadeiro ritual,
fazíamos uma rápida pausa dentro da igreja, para rezar um pouquinho, sem
esquecer de molhar os dedos na água benta para fazer o sinal da Cruz na testa -
ao lado de cada porta, havia um porta-água benta.
Puxando pela imaginação,
enxerguei meu pai e meus tios que, em sua infância, moravam ali perto e tiveram
convivência com os primeiros Padres Redentoristas holandeses [2] que
construíram e administraram a Paróquia desde o início do século XX; as pinturas
feitas pelo pintor alemão Schumacher, incluindo os anjos dos quais algumas de
minhas tias foram modelo... Histórias que vão-se apagando com o tempo; se
ninguém escreveu sobre isso, fica aqui meu registro.
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[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_S%C3%A3o_Jos%C3%A9_(Belo_Horizonte)
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