Sabe de uma coisa? Estas
discussões acaloradas sobre política, no seio familiar, não são novidade no
Brasil. A história se repete. Antes do silêncio parcialmente imposto pelas
circunstâncias, durante o regime militar, havia muitos debates. Eram discussões
homéricas.
Lembro-me muito bem de
debates veementes na casa de minha avó paterna, antes das eleições de 1960, em
que Jânio Quadros foi eleito presidente, com Jango vice, e Magalhães Pinto
governador de Minas Gerais. Havia polêmicas envolvendo atuação de deputados também.
Eu era bem pequena (nasci em
julho de 1955); para me lembrar assim, é porque a coisa era de impressionar.
Dava medo de meus tios se engalfinharem. Eles se
levantavam das cadeiras onde estavam sentados, dedos em riste, alguns até mesmo
na ponta dos pés, quase saíam voando... hahaha.
Meu
pai era o mais velho dos irmãos homens, o mais calmo. Não é porque era meu pai,
quem o conheceu sabe que ele era muito ponderado. Tem até uma história de ele
ter falado com um dos meus tios para afrouxar a gravata – não sei se foi por
preocupação médica, já que meu tio estava quase "apoplético" ou se
foi para chamá-lo à razão e esfriar seu excesso de entusiasmo. No final das
contas, todos continuavam fraternalmente amigos.
Espero
que, desta vez, em pleno século XXI, não haja nem ajam "forças
ocultas"... E que tudo seja feito para
o bem de todos e felicidade geral da nação, com o Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.
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