Cada lugar com seus problemas.
Estava conversando com meu
marido sobre aqueles tempos em que não havia assistência médica pública oficial
no Brasil (tempos da minha infância, como relatei no texto sobre meu pai atendendo os pobres – clique aqui para ler), e ele lembrou dos tempos antigos aqui no
Canadá – até mesmo quando ele era criança – na zona rural não havia assistência
médica nenhuma e, na estação fria (que aqui pode durar até 8 meses), atolados
na neve e no gelo, pois não havia os recursos que há hoje para abrir os caminhos,
as pessoas eram tratadas com remédios caseiros e, muitas vezes, morriam sem ver
um médico.
Até para enterrar os mortos
era complicado. O maquinário para cavar a terra congelada, dura como pedra, não
existia. Assim, quando as pessoas morriam durante o inverno, não eram
enterradas logo em seguida, seus corpos eram guardados em caixões num pequeno
quarto externo (caveau ou charnier), não longe da igreja, aguardando a
primavera. Os corpos ficavam congelados, devido às baixas temperaturas
hibernais. Até hoje, ainda existe esta prática de aguardar a primavera para enterrar os
mortos. Mas cada vez se torna mais frequente a opção pela incineração.
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(Tirei esta foto
no Village Québécois d’Antan, tendo sido autorizada para publicá-la, quando a
apresentei no fórum TrekEarth)
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