Para dizer a verdade, estou
desanimada de acompanhar a já longa e constante avalanche de más notícias do
Brasil, no que diz respeito à corrupção, à educação, à segurança, à política, à
economia e tudo o mais. Estou me sentindo abafada pelas toneladas de decepções
que estão nos esmagando, isto parece um pesadelo sem fim. São tantos
despautérios que são falados e postos em prática pelos nossos governantes e
políticos, que chega-se a duvidar da inteligência ou da sanidade mental deles.
Chego a ter a impressão de que tudo é um complô para ensandecer o povo que, no
final das contas, literalmente, paga pelo prejuízo moral e financeiro de que
ele próprio foi e é vítima.
A
gente precisa tentar consertar o Brasil com bom senso, eficiência e democracia.
O que estamos presenciando é uma farsa. Enquanto houver sintomas de populismo,
enquanto o povo estiver sendo assaltado por tantos tipos de crime que, apesar
do espalhafato, continuam muitos na penumbra e impunes, enquanto isso não
acabar, não haverá a ordem e o progresso
que todos desejamos.
É realmente um teatro de absurdos
o que está se passando, e as pessoas já estão começando a se descontrolar mais
seriamente. Estão a rosnar umas para as outras, como disse um artigo que li
recentemente que, também ele – o artigo – rosna alto, além de exalar o mau
cheiro da morte, numa espécie de genocídio do povo brasileiro, através de
palavras que chicoteiam o estado psicológico de quem já está combalido. Esse
artigo parece realmente escrito por alguém que está cooptado, com o intuito de instalar
o caos completo, a partir do qual qualquer um faz o que quiser, com o abuso de
autoridade que bem lhe aprouver. Não vou citar o nome do autor nem do jornal,
pois achei o texto tão contraproducente que não serei eu que encaminharei mais
vítimas à imolação.
Destruir
o que há de positivo na autoimagem coletiva de um povo é técnica para
desestruturar ainda mais um país que já está em frangalhos. Estão querendo
levar todos ao desespero? Isso cheira a uma artimanha para não deixar pedra sobre
pedra e criar um novo conjunto de ideias artificiais e falsas, que possam ser
controladas ao bel prazer de quem está no poder. Frases que se estruturam
nitidamente para serem convincentes e que denotam a ação de uma intelectualidade
intencionada a iludir muitos ingênuos idealistas, mas que são palavras
claramente a serviço do poder, não do povo.
Falar em autoritarismo de quem
está se opondo ao descalabro que estamos presenciando é, no mínimo, ridículo,
até depõe contra a dita intelectualidade. Tem razão quem está se manifestando
contra essa doença que acometeu os dirigentes do nosso país. Está mais que
provado que há um ninho de serpentes envenenando e devorando a nação. As
pessoas corajosas que estão dando alento ao povo são as que ousam enfrentar
esses bandidos. Isso não é autoritarismo, é revolta! Mesmo o mais cordato dos
cordiais tem o direito de se rebelar contra o seu próprio massacre. E olha que
o povo nem está realmente se rebelando, está apenas gemendo, esmagado; às
tontas, mal dirigido, tem estado com os nervos à flor da pele, naturalmente, em
consequência do desgoverno da nação.
Por
outro lado, tem gente rosnando mesmo e temos ouvido alguns berros vindos de
vários lados; gritos loucos, roucos e tantos outros... nos microfones e fora
deles. Minha mãe diria: "Quem grita perde a razão". Temos que pensar
e agir com serenidade e firmeza. Não podemos nos deixar levar por “clichês”,
estes sim, que querem exterminar até mesmo as boas qualidades do brasileiro,
atribuindo a todos as características malévolas que estão fazendo manchete nos
jornais e redes sociais, numa espécie de lavagem cerebral, querendo fazer as
pessoas acreditarem que têm valores que não são seus.
Não é
hora de massacrar psicologicamente, ainda mais, um povo que tem grande parcela
honesta, que trabalha e que sustenta o país (notem bem que não estou reduzindo
ninguém a nenhuma classe) e que vem sendo roubada há tanto tempo, culminando
com o desastre que estamos vivendo atualmente.
Por
favor, não dêem crédito a quem só vê e propala defeitos em todos os
brasileiros. Não é nos deixando pisotear por quem quer que seja, como se pisa
num toco de cigarro, para apagar o que já está perto do fim, que vamos
conseguir levantar o Brasil. Não é
fazendo nem aceitando bullying com o
povo que conseguiremos que ele evolua e seja feliz.
E,
toda atenção é pouca, o campo parece estar minado. Muito cuidado ainda com uma nova
modalidade de conchavo que está querendo brotar do lodaçal: parece ser flor que
não se cheire!
Publicado também pela KBR Editora Digital, em 25 de julho de 2015:
https://www.cronicasdakbr.com/2015/07/25/falando-em-bullying/
Publicado também pela KBR Editora Digital, em 25 de julho de 2015:
https://www.cronicasdakbr.com/2015/07/25/falando-em-bullying/
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