sexta-feira, julho 24, 2015

Falando em bullying...

Para dizer a verdade, estou desanimada de acompanhar a já longa e constante avalanche de más notícias do Brasil, no que diz respeito à corrupção, à educação, à segurança, à política, à economia e tudo o mais. Estou me sentindo abafada pelas toneladas de decepções que estão nos esmagando, isto parece um pesadelo sem fim. São tantos despautérios que são falados e postos em prática pelos nossos governantes e políticos, que chega-se a duvidar da inteligência ou da sanidade mental deles. Chego a ter a impressão de que tudo é um complô para ensandecer o povo que, no final das contas, literalmente, paga pelo prejuízo moral e financeiro de que ele próprio foi e é vítima.

A gente precisa tentar consertar o Brasil com bom senso, eficiência e democracia. O que estamos presenciando é uma farsa. Enquanto houver sintomas de populismo, enquanto o povo estiver sendo assaltado por tantos tipos de crime que, apesar do espalhafato, continuam muitos na penumbra e impunes, enquanto isso não acabar,  não haverá a ordem e o progresso que todos desejamos. 

É realmente um teatro de absurdos o que está se passando, e as pessoas já estão começando a se descontrolar mais seriamente. Estão a rosnar umas para as outras, como disse um artigo que li recentemente que, também ele – o artigo – rosna alto, além de exalar o mau cheiro da morte, numa espécie de genocídio do povo brasileiro, através de palavras que chicoteiam o estado psicológico de quem já está combalido. Esse artigo parece realmente escrito por alguém que está cooptado, com o intuito de instalar o caos completo, a partir do qual qualquer um faz o que quiser, com o abuso de autoridade que bem lhe aprouver. Não vou citar o nome do autor nem do jornal, pois achei o texto tão contraproducente que não serei eu que encaminharei mais vítimas à imolação. 

Destruir o que há de positivo na autoimagem coletiva de um povo é técnica para desestruturar ainda mais um país que já está em frangalhos. Estão querendo levar todos ao desespero? Isso cheira a uma artimanha para não deixar pedra sobre pedra e criar um novo conjunto de ideias artificiais e falsas, que possam ser controladas ao bel prazer de quem está no poder. Frases que se estruturam nitidamente para serem convincentes e que denotam a ação de uma intelectualidade intencionada a iludir muitos ingênuos idealistas, mas que são palavras claramente a serviço do poder, não do povo.

Falar em autoritarismo de quem está se opondo ao descalabro que estamos presenciando é, no mínimo, ridículo, até depõe contra a dita intelectualidade. Tem razão quem está se manifestando contra essa doença que acometeu os dirigentes do nosso país. Está mais que provado que há um ninho de serpentes envenenando e devorando a nação. As pessoas corajosas que estão dando alento ao povo são as que ousam enfrentar esses bandidos. Isso não é autoritarismo, é revolta! Mesmo o mais cordato dos cordiais tem o direito de se rebelar contra o seu próprio massacre. E olha que o povo nem está realmente se rebelando, está apenas gemendo, esmagado; às tontas, mal dirigido, tem estado com os nervos à flor da pele, naturalmente, em consequência do desgoverno da nação.

Por outro lado, tem gente rosnando mesmo e temos ouvido alguns berros vindos de vários lados; gritos loucos, roucos e tantos outros... nos microfones e fora deles. Minha mãe diria: "Quem grita perde a razão". Temos que pensar e agir com serenidade e firmeza. Não podemos nos deixar levar por “clichês”, estes sim, que querem exterminar até mesmo as boas qualidades do brasileiro, atribuindo a todos as características malévolas que estão fazendo manchete nos jornais e redes sociais, numa espécie de lavagem cerebral, querendo fazer as pessoas acreditarem que têm valores que não são seus.

Não é hora de massacrar psicologicamente, ainda mais, um povo que tem grande parcela honesta, que trabalha e que sustenta o país (notem bem que não estou reduzindo ninguém a nenhuma classe) e que vem sendo roubada há tanto tempo, culminando com o desastre que estamos vivendo atualmente. 

Por favor, não dêem crédito a quem só vê e propala defeitos em todos os brasileiros. Não é nos deixando pisotear por quem quer que seja, como se pisa num toco de cigarro, para apagar o que já está perto do fim, que vamos conseguir levantar o Brasil.  Não é fazendo nem aceitando bullying com o povo que conseguiremos que ele evolua e seja feliz. 
E, toda atenção é pouca, o campo parece estar minado. Muito cuidado ainda com uma nova modalidade de conchavo que está querendo brotar do lodaçal: parece ser flor que não se cheire!

Publicado também pela KBR Editora Digital, em 25 de julho de 2015:

https://www.cronicasdakbr.com/2015/07/25/falando-em-bullying/

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