Por onde andas?
No céu das águas?
Ou no espelho das folhagens?
O patinho reluzente,
singrando as águas do rio,
como um navio,
singular, atraiu o meu olhar.
Eu me aproximei,
pelas lentes da câmera.
Como um caçador, mirei,
fotografei.
A presa na imagem: surpresa!
É um marreco... eco... eco...
formando ondas, ondas...
em nome do meu amor.
- Por onde andas? - perguntei.
Para onde levas a minha dor?
- Estou indo para o mar.
O coração solitário que vês
tem, agora, outro norte,
onde não existe o penar,
onde não existe a morte que o mundo fez.
Os cotovelos das águas
não são mágoas, são desvelos por ti,
verdes como sagrada esperança.
- Sendo assim, muito obrigada – agradeci.
Vou guardar perseverança,
aguardar minha vez.
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