Vi uma
publicação, em rede social, na página da prima Adriana, falando sobre Lamartine Babo num contexto bem
carioca. Um pianista e compositor chamado Alfredo Sertã conta a história de como
o Lalá compôs os hinos consagrados – embora extraoficiais – para os times de
futebol do Rio [1].
O que muitos não devem saber
é que Lamartine Babo, já famoso no Brasil inteiro, passou por BH, onde foi
atração muito admirada. Sim, na 🎶
TV Itacolomi, canal 4, Belo Horizonte, Minas Gerais 🎶 [2]!
Procurei em biografias dele na web e nada encontrei sobre isso. Só fui achar
alguma coisa em uma página que fala sobre a TV mineira [3].
Pois me lembro bem dele
sentado atrás de uma mesa em frente à câmera, contando anedotas, fazendo trocadilhos
e cantarolando suas marchinhas de carnaval. Não me lembro por quanto tempo
durou a tal programação em BH, mas também é exigir demais da minha memória. Só
pode ter sido entre 1955 – ano em que nascemos a TV Itacolomi e eu – e 1963,
que foi o ano em que ele morreu. Contam que Lamartine Babo ia de trem para BH, pois tinha muito medo de avião.
Outros artistas famosos
também passaram pela emissora belo-horizontina, nessa época, como Chico Anysio,
de cujo personagem me lembro também: o Santelmo.
E havia, claro, as produções locais, muito criativas, incluindo teleteatro e programas de auditório. Ao final deste texto, acrescentei alguns depoimentos de pessoas que se lembram da TV Itacolomi.
E havia, claro, as produções locais, muito criativas, incluindo teleteatro e programas de auditório. Ao final deste texto, acrescentei alguns depoimentos de pessoas que se lembram da TV Itacolomi.
Naquele tempo, televisão era
novidade, tudo era agradável de ver, até mesmo aquela imagem imóvel com a
figura de um índio [4], que encarávamos pateticamente durante longo tempo, à
espera do início da programação do dia. Quando ela aparecia, substituindo o
chuvisco de fora do ar, sabíamos que, a qualquer momento, as transmissões
poderiam começar. Os horários não eram muito rígidos, havia muita improvisação.
Depois, fiquei sabendo que imagem
semelhante aparecia em todos os lugares e era usada para ajustar as câmeras.
Aqui no Canadá, o cartaz também tinha um índio. E meu marido me contou que eles
também ficavam olhando para ele, esperando a
programação começar 😂.
Nos primeiros anos, as transmissões eram feitas a partir do centro de BH. Quantas e quantas vezes, ajustávamos a antena do aparelho
de TV voltada para o lado do Edifício Acaiaca, onde ficavam as instalações da
Itacolomi. É... sou antiga mesmo. Isso é do tempo em que a gente falava,
brincando e sem acreditar, que um dia talvez conversássemos pelo telefone vendo
a pessoa do outro lado.
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Testemunhos que colhi:
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Testemunhos que colhi:
- George Lima: “A Itacolomi é um fenômeno, a meu ver, pouco
estudado. A garra demonstrada supera qualquer avaliação que não a enquadre como
extraordinária. Jornalismo, esportes, shows e dramaturgia. Esta com o Grande
teatro Lourdes, Garrafa do diabo...
Tinha uma banda de crianças chamada "Bando dos Cariunas". Aqui em Brasilia tenho uma amiga que tocava acordeon. Maestro Elias Salomé.”
Tinha uma banda de crianças chamada "Bando dos Cariunas". Aqui em Brasilia tenho uma amiga que tocava acordeon. Maestro Elias Salomé.”
- Luiz Ricardo Amédée Péret:
“A TV Itacolomi canal 4 era o meu canal
predileto na minha infância. Lembro dos programas Seu saber é pra Valer,
Universidade Popular da manhã, desenhos, seriados, programas esportivos como o
Bola na Área, Papo de Bola, os Jogos de futebol com o Fernando Sasso, Kafunga,
Ronan Ramos...
Curiosidade: Teve na TV Itacolomi um programa que entrevistava casais. O homem e a mulher respondiam as mesmas perguntas, só que separadamente. Aquele casal que as respostas mais coincidiam vencia a competição. Papai e mamãe foram convidados a participarem do programa. E não é que eles venceram....rsrs. Ganharam o prêmio: papai uma gravata importada e mamãe um anel. Isto aconteceu no final dos anos 60. Este programa tinha uma parte musical com participação do Célio Balona.”
Curiosidade: Teve na TV Itacolomi um programa que entrevistava casais. O homem e a mulher respondiam as mesmas perguntas, só que separadamente. Aquele casal que as respostas mais coincidiam vencia a competição. Papai e mamãe foram convidados a participarem do programa. E não é que eles venceram....rsrs. Ganharam o prêmio: papai uma gravata importada e mamãe um anel. Isto aconteceu no final dos anos 60. Este programa tinha uma parte musical com participação do Célio Balona.”
- José Eduardo de Lima
Pereira: “Minha irmã Rosinha, Rosa De Lima Pereira RSCM, protagonizou glorioso episódio nos
estúdios da Itacolomi: foi vencedora de uma das rodadas das Sabatinas Maizena,
programa produzido e apresentado por Bernardo Grimberg. Toda a família se
instalava diante do aparelho Invictus de 21 polegadas para ver a Rosinha
responder a todas as questões acadêmicas com aquela fleugma que sempre lhe foi
peculiar.”
Bernardo Grimberg |
- Célio Balona: “Amigo José Eduardo,tenho de TV
Itacolomi,as melhores recordações...Tive dois programas lá,Balona é o
Sucesso,aos sábados a tarde e um quadro no A Tarde é Nossa do saudoso Danilo
Valle!!!Além disso tudo começou pra mim quando ganhei no programa Confiança no
Sucesso o primeiro lugar e fui contratado pela emissora...Bons e inesquecíveis
tempos!!!”
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