Fonte da imagem: Fiocruz |
Notícias preocupantes sobre
o Brasil não faltam. O que está me chamando a atenção desta vez são os casos de
febre amarela cada vez mais numerosos, incluindo mortes pela doença e pela
vacina. Parece que o foco maior de transmissão se encontra em Minas Gerais e
vai-se alastrando aos estados vizinhos, infelizmente.
Procurei me informar lendo
artigos de especialistas e, pelo que entendi, os casos ainda estão limitados às
zonas rurais, em áreas de matas e seus arredores, onde o vírus está sendo
veiculado pelos mosquitos dos gêneros Hæmagogus e Sabethes. A doença ainda não
se urbanizou – e espero que isso não aconteça –, ainda não infectou o Ædes ægypti,
que é um potencial veículo transmissor.
Fiquei sabendo, também, que
as pessoas acometidas pela doença são levadas a hospitais das cidades e estão sendo
colocadas em isolamento. Aí reside um dos riscos de se desencadearem os casos
urbanos. Se o doente estiver em estado grave e, portanto, isolado dentro de uma
Unidade de Tratamento Intensivo, as chances são menores, pois acredito que todas essas unidades
funcionam com janelas lacradas.
Mas e se o paciente for
hospitalizado para ficar sob observação e cuidados especiais, num quarto comum, apenas
separado dos outros, adaptado às pressas para servir de isolamento, como é bem
possível de acontecer no meu Brasil que conheço tão bem? Quartos com janelas que
podem-se abrir fácil e livremente, em tempos de calor insuportável, sem a
interposição de telas, podem deixar entrar, junto com a brisa arrefecedora, os
ávidos mosquitos Ædes ægypti. Uma vez saciados em sua volúpia por sangue,
estarão infectados pelo vírus da febre amarela e aptos a inaugurarem o ciclo
urbano da doença.
Não estou querendo aumentar
a aflição do aflito, que é a situação do brasileiro neste momento. É justamente
para evitar maiores aflições. Se virem quartos precariamente “arranjados” para
isolar pacientes com febre amarela, não deixem a situação passar em brancas
nuvens. Alertem quem de direito, para tomarem as devidas providências. Parece
óbvio, mas é sempre bom alertar.
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