As
exibições das imagens do Queermuseu pela internet divulgaram o trabalho mais do que a exposição do
“Santander Cultural” conseguiria fazer. Mesmo os que reagiram contra ela estão
mostrando esta "arte", o que é um contrassenso. Não fui à exposição,
não vi "in loco", mas o que tem sido divulgado me pareceu mesmo
inapropriado para crianças, o que desabona a proposta do projeto, no que diz
respeito à sua indicação para as escolas... de crianças.
A
sociedade ficou chocada com o ultraje a símbolos religiosos (mais especificamente, do catolicismo), com a cena de bestialismo
e a sugestão de pedofilia, todos considerados crime no Brasil, país já assolado
pela criminalidade em todos os níveis e, por isso, com ânimos exaltados. A
pedofilia colocada num contexto de "apoio à diversidade", em projeto para
alcançar visibilidade em escolas com crianças foi, realmente, um excesso
inadmissível.
Para
falar a verdade, achei chocante não só para crianças, mas para adultos também,
além de abrir perigosos precedentes. Se a sociedade começa a aceitar isso aí no
Brasil... acaba-se por admitir a porta aberta à impunidade para mais esta
categoria de ação criminosa.
Como
se já não bastasse a sociedade brasileira vir há anos, décadas, desprezando as
crianças do país, deixando-as se delinquirem, soltas nas ruas, entregues a todo
tipo de transformação, agora chegou-se ao cúmulo de fazer "arte" com
apologia da pedofilia!
Espero
que esta revolta contra esse tipo de agressão à infância possa ser o início de
uma conscientização para o fato de que temos de cuidar melhor de nossas
crianças. Um país que não cuida de suas crianças é um país sem futuro.
Esta reação que ocorreu no seio da sociedade brasileira me lembrou cenas de manadas de elefantes protegendo um filhote no meio deles, visado por predadores que tentam encontrar uma brecha para atacar o ponto mais fraco do grupo.
Esta reação que ocorreu no seio da sociedade brasileira me lembrou cenas de manadas de elefantes protegendo um filhote no meio deles, visado por predadores que tentam encontrar uma brecha para atacar o ponto mais fraco do grupo.
Penso
que a oposição a essa exposição foi instintiva, saudável, legítima. E não houve censura, como andam alegando, pois, que eu
saiba, ninguém entrou com uma liminar, ou coisa que o valha, para conseguir uma
ordem judicial obrigando o Santander a suspender a mostra de arte. E, se
tivesse havido, seria compreensível.
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