As Nações Unidas já esclareceram que
a situação de miserabilidade em que se encontram dois terços da humanidade se
deve, em grande parte, à corrupção que grassa no planeta, principalmente nos países do
terceiro-mundo, onde a população ignorante não é capaz de exigir seus direitos,
sequer de ter conhecimento deles. A determinação feita pela organização é para
que máximos esforços se façam para combater a corrupção.
Para tal, existem modelos de
estrutura policial e judiciária que são recomendáveis, e estão sendo usados em
vários países, para que as ações de investigação e punição não possam ser
coibidas por interesses escusos nem sujeitas a embaraços. Assim tem agido a UPAC (Unidade
Permanente Anticorrupção) no Quebec, bem como em todo o Canadá.
Recentemente, uma ex-vice Premier do
PLQ (Partido Liberal do Quebec), entre outros, foi presa, e o Ministro da
Segurança Pública disse que "é importante lembrar que não há absolutamente
ninguém acima da lei, e que a UPAC deve fazer e faz seu trabalho de forma
independente."
O atual Premier, que é do mesmo partido, está com as barbas de molho, as
investigações ainda não terminaram. Leiam o artigo sobre o assunto[1],
é interessante; há semelhanças e diferenças com os casos do Brasil.
Entre as semelhanças, está o fato de
haver uma equipe que funciona de modo bastante parecido com o da equipe do Juiz
Sérgio Moro, no Brasil, da qual tenho podido me orgulhar e, quando alguém aqui
no Canadá me questiona sobre o que está-se passando no meu país de origem,
posso responder de cabeça erguida que temos uma “UPAC” lá também.
Entre as diferenças está o fato de o
povo todo aqui estar querendo a punição aos corruptos, e não são necessárias
manifestações para isso, a punição vem. Não há ninguém da população, mesmo os
partidários do PLQ, ninguém a favor dos corruptos. Todos querem limpar esta
mancha imediatamente.
Quando se tenta levantar do berço
esplêndido um Brasil adormecido, quando alguém tenta agir conforme as
tendências mundiais anticorrupção, padrão primeiro-mundo, vêm as críticas
feitas por tantas pessoas... Como assim? Isso é um desejo de que o Brasil fique
eternamente fadado a ser um país do terceiro-mundo? É isso mesmo que querem?
Nenhum comentário:
Postar um comentário