O Evangelho do último domingo me deixou sem palavras [1]. Fiquei matutando e, por que não dizer, adiando uma meditação necessária. Este Evangelho sempre me intrigou. Somente quinta-feira, portanto, quatro dias depois, consegui compreender melhor por que as cinco virgens sábias, prudentes, não partilharam seu óleo com as outras e por que estas últimas, chamadas de insensatas, tolas, foram rejeitadas. A homilia da missa já tinha dado as devidas explicações [2], mas precisei ler o texto do Padre Paulo Ricardo [3]. Ele sempre me socorre, com sua didática inigualável.
O assunto vem a calhar para a época que estamos vivendo, com a pandemia do Coronavírus. Não sabemos se passaremos ilesos, se vamos contrair a doença e, se isso acontecer, como nosso organismo vai reagir. Estamos preparados para atravessar a "porta"? Como as virgens do Evangelho, estamos na expectativa da chegada do Senhor, cada um de nós, mas não sabemos quando Ele chegará.
Nosso óleo é aquilo que trazemos conosco para alimentar a nossa fé, para mantê-la acesa a fim de glorificar o Senhor. Não temos como dar a outros o que cultivamos dentro de nós. Podemos aconselhar, como fizeram as virgens sábias. É preciso estarmos presentes com a nossa fé, no momento em que formos chamados, para que sejamos “reconhecidos”.
Uma coisa muito interessante que o texto do Pe. Paulo Ricardo explica é que pela inteligência temos notícia das coisas de Deus e pela vontade nos dispomos a usar a inteligência para nos aprofundarmos na fé. Convido o leitor a ler o texto, são ensinamentos inspirados [3].
Vou parar por aqui, para não atrapalhar a meditação que o leitor poderá fazer com a leitura dos links abaixo.
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Links relacionados:
[2] Homélie du 8 novembre 2020
[3] Por que perdemos o "óleo" da devoção?
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