sexta-feira, maio 27, 2016
Onde estão os pais?
Tenho que registrar minha profunda tristeza com o estupro coletivo da menor, no Rio de Janeiro. Como lidar com isso, além de punir os responsáveis por essa ocorrência? Que ações devem ser feitas para que não aconteça mais com ninguém?
Infelizmente, num país de situação caótica, fica tudo muito difícil.
Gosto de repetir isto muitas vezes, para ver se "pega": a EDUCAÇÃO do povo é primordial!!!
Numa sociedade mais organizada, acho que isto que digo, a seguir, seria uma das medidas a serem tomadas. Não sei se já existe na lei...
Valendo tanto para os pais de meninas menores de idade, quanto para os pais de meninos menores de idade, que tenham cometido estupro ou que tenham sido estuprado(a)s:
Na minha opinião, pais que não cuidam de seus filhos e filhas menores de idade, também teriam que ser punidos, após avaliação de cada caso e se verificada negligência ou qualquer outra circunstância que tenha facilitado a ocorrência do crime de estupro.
Acho que, com isso, as ocorrências diminuiriam muito.
- Se os pais, por algum motivo, se sentem incapazes de conduzir e arcar com a educação e proteção do(a) filho(a), deveria haver a possibilidade de recorrerem à ajuda do Estado, para avaliação e resolução.
- Se o(a) filho(a) não se sente suficientemente amparado pelos pais, para poder se desenvolver e viver em segurança, deveria haver a possibilidade de recorrer à ajuda do Estado, para avaliação e resolução.
Mas para o psicopata adulto que comete estupro, por favor, TODO O RIGOR NA CONDENAÇÃO, porque este caso é praticamente perdido e ele oferece perigo para a sociedade.
O Frankenstein criado pelo povo brasileiro
Esses corruptos
todos do governo e da política do Brasil (exceto os "cinco ou seis") formam um corpo com cabeça, tronco e membros - é o monstro que o
povo elegeu, do qual a cabeça é o PT e os outros partidos completam o
todo, um Frankenstein à moda brasileira.
Retirada a cabeça, fica o
que se chama de corpo acéfalo. Não podemos deixar que ele se regenere e
o povo está se valendo da operação Lava Jato para impedir que isso
aconteça. Mas não temos outras partes para recompor o corpo, por enquanto. É isso que está aí que temos, pois devemos seguir os preceitos da democracia. Então, usemos nossa cabeça, por favor.
Quanto à alegada inocência da Dilma, que diz não ter feito nada em
benefício próprio: Dilma, desde tempos de Lula (sob o comando dele e
outros), ela sempre ocupou postos chave por onde passaram as falcatrua$,
"sem saber de nada"? Até que, no posto máximo, a coisa culminou com as
pedaladas (e ainda quis culpar outros), que foram em valores que extrapolaram qualquer justificativa.
Ela pode até não ter conta no estrangeiro, mas o dinheiro que ela e Lula fizeram drenar para outros países, fizeram desaparecer em propinas, através do colossal esquema de corrupção comandado pelo PT, são essas as contas que eles têm que prestar ao povo brasileiro... a ex-promissora galinha dos ovos de ouro da "Pátria Latina" que eles queriam, que era o Brasil, foi depenada, estropiada e jogada num buraco bem fundo. E na precariedade em que se encontra, com o que restou, o povo brasileiro está querendo sair do buraco.
Ela pode até não ter conta no estrangeiro, mas o dinheiro que ela e Lula fizeram drenar para outros países, fizeram desaparecer em propinas, através do colossal esquema de corrupção comandado pelo PT, são essas as contas que eles têm que prestar ao povo brasileiro... a ex-promissora galinha dos ovos de ouro da "Pátria Latina" que eles queriam, que era o Brasil, foi depenada, estropiada e jogada num buraco bem fundo. E na precariedade em que se encontra, com o que restou, o povo brasileiro está querendo sair do buraco.
sábado, maio 07, 2016
Celebrating mothers and the Province of Quebec
Esther |
It is never too much to talk about
this phenomenon of having children. It will never be a cliché. In my opinion,
the Mother’s Day is a date that is really worth celebrating. Maternal love
seems to be the strongest feeling in the universe we can see. Not surprising,
this intimate contact with the reorganization of the matter, to form a being,
is a special experience. The feeling of these transformations in the inner of
herself is a woman privilege. Of course, there must be some effect on mother's behaviour, even beyond
hormonal causes; it is impossible to stay unscathed after an experience of this
magnitude.
It’s the first “Mother’s Day”
without mine. She died last year at the age of 99. She has always been a strong
and cheerful woman, with a very firm personality. I miss her but, at the same
time, I am relieved she is no longer in this more and more crazy world. So many
good things I bring in my luggage of life, as heritage from my mother,
impossible to list them all! I am grateful for all she did for us, a demanding
and energetic mother, yes, but we were sure that she was our refuge – we never
had any doubt about it.
In this joyous Sunday, I also want
to celebrate the province of Quebec, that welcomed me... a child from elsewhere.
I am not a refugee, and I'm here since long time; but I identify myself,
somehow, with all immigrants who have found home in Quebec. It's like having a
mother of adoption. I think I can speak for all... We thank the Province of
Quebec and Canada to welcome us and allow us to live safely, in a free country.
Célébrons les mères et le Québec
Esther |
Ce n’est
jamais trop de parler du phénomène d’avoir des enfants. Ce ne sera jamais un
thème cliché. À mon avis, une des dates qu’il vaut vraiment la peine de
célébrer est la Fête des Mères. L’amour maternel semble être le sentiment le
plus fort dans l’univers détectable par nous. Pas surprenant, ce contact intime
avec la réorganisation de la matière pour former un être est une expérience spéciale.
Apercevoir ces transformations qui se produisent au cœur de soi-même est un
privilège des femmes. Bien sûr que cela doit avoir un certain effet sur leur comportement, même au-delà des causes
hormonales, impossible de sortir indemne d'un vécu de cette ampleur.
Pourquoi
cette liaison avec les enfants est plus durable chez les humains que chez les
autres mammifères? Cela doit être grâce à l’évolution des espèces… C’est
l’amour ! Heureusement, les mères dénaturées sont rares.
C’est la
première Fête des Mères sans la mienne. Elle est décédée l’année passée, à
l’âge de 99 ans. Elle a toujours été une femme solide et joyeuse, avec une
personnalité très forte. Elle me manque mais, en même temps, je suis soulagée
qu’elle ne soit plus dans ce monde de plus en plus fou. Toujours amoureux, elle
et mon père n’ont jamais eu même pas un mot en désaccord d’opinion, en présence
de leurs enfants. Certes, il devait y avoir des controverses et des discussions
entre eux, mais ils ne nous ont pas donné le désagrément du témoignage; nous
avons été bénis avec l'harmonie, quelque chose de si important pour le
développement des enfants; nous pouvons dire que nous sommes chanceux.
Tant de
bonnes choses j'apporte dans mon bagage de vie, comme héritage de ma mère,
impossible de les énumérer toutes! Au cours de la vie, je suis reconnaissante
de tout le bien qu'elle nous a fait, une mère exigeante et énergique, oui,
affectueuse à sa façon, nous étions sûrs qu’elle était notre refuge – jamais
aucun doute là-dessus.
En ce joyeux
dimanche, je veux célébrer également la province du Québec, qui m’a accueilli,
moi, cet enfant d’ailleurs. Je ne suis pas une réfugiée, et cela fait longtemps
que je suis ici; mais je m’identifie, en quelque sorte, avec tous les
immigrants qui ont trouvé l’accueil au Québec. C’est comme avoir une mère
d’adoption. Je crois que je peux parler au nom de tous… Nous remercions à la
province du Québec et au Canada de nous accueillir et de nous permettre de
vivre en sécurité, dans un pays libre.
Un bon
dimanche à toutes les mamans!
segunda-feira, maio 02, 2016
Em família
Esther |
Vem
aí o Dia das Mães e este grande papel que a mulher ainda desempenha, para
garantir a existência humana, tem que ser celebrado! Vai ser o primeiro que
vamos passar sem a nossa mãezinha. Mas não quero que seja triste, ela não era. A
ideia é homenageá-la de tabela, cutucando cada um dos meus irmãos, com
histórias engraçadas que ela gostava de contar, dando boas risadas. Vamos vê-la através de nós mesmos. A partir do
meu ângulo de visão, claro, mas com o toque materno sempre por perto, para
corresponder à realidade de sua presença constante em nossas vidas. Por certo que
nós mesmos é que vamos rir, ou quem nos conhece, mas são casos herdeiros da
humanidade, todos estão convidados a esta reunião de família.
Que coisa sublime é ver o
irmãozinho mais novo crescer, começar a andar e falar; cabelos lindos,
cachinhos que minha mãe não queria cortar. Um menino dócil, mas firme na sua
personalidade, desde pequerrucho: “Ranheta, não. Ranheto!”. Coisa que, por
sinal, nunca foi. Mas a sua especialidade mesmo, muito antes de ingressar na escola, era a concordância verbal:
“nós vai, não; nós vamos”, assim reagia às provocações da sua babá que, já às
gargalhadas, esperava a resposta gramaticalmente correta. Isto, eu mesma
presenciei, e a memória foi reforçada muitas vezes, quando minha mãe
relembrava.
Quando éramos pequenos, ela
dizia que gostaria que fôssemos freiras e padres. Isso não era colocado como
exigência, tanto que rendeu muito riso. É difícil saber quem não tenha
sofrido algum tipo de influência dos pais, mesmo aqueles que dizem que deixarão
seus filhos fazerem suas escolhas – já nesta conduta está embutida uma atitude
de alheamento a possíveis convicções. Estas posturas, de uma forma ou de outra, são tomadas, certamente, visando o bem. Além do mais, mesmo que os pais não sejam
doutrinadores, os radares apurados das crianças são capazes de detectar os
princípios, as crenças ou as opiniões parentais.
Certa vez, fomos visitar uma
irmã de minha mãe, freira enclausurada, e eu fui transferida dos braços
maternos aos braços da tia, que quis carregar a criança, num provável arroubo do seu instinto
maternal reprimido. No momento da passagem, meu irmão logo acima de mim em
idade, sussurrou no meu ouvido: “já é para ficar”. Pronto, foi o que bastou,
mal minha tia me tomou nos braços, eu caí em prantos e repeti o que ele me
dissera, em tom de pergunta, dirigida à minha mãe: “já é para ficar?”. Apesar
de muito nova, lembro-me bem disso e da vergonha que tive quando todos
começaram a rir de mim.
Esse meu irmão, ele mesmo já
tinha sofrido, anteriormente, a pressão de ter que escolher o sacerdócio e
respondera, por sua vez: “vou ser padre, mas vou casar também” - não se falou mais no assunto. Não presenciei
esta passagem, as histórias que conto aqui dos irmãos mais velhos, são memórias
do que ouvi minha mãe dizer.
Ainda sobre o irmão que não
era favorável ao celibato, ela dizia que ele tinha espírito científico, desmontava
tudo o que lhe passava pelas mãos, para saber como funcionava. Ela tinha razão. Lá de casa, é o que mais investiga e escarafuncha as origens de tudo
quanto há no universo e para além do que podemos perceber. E olhe que também
tem lá o seu lado pastoral: é o nosso irmão conciliador, o que mais se esforça
para nos manter unidos e altruístas.
Se todas as mães soubessem
quão importante é o incentivo que suas palavras podem dar para o resto da vida
de seus filhos... Vale muito mais fazer um elogio, do que recriminar colocando
mil defeitos. A nossa era brava, não nego. E nos corrigia com muita energia em
nossas faltas, mas não economizava elogios, quando era a hora certa, justiça
seja feita. Tanto ela quanto nosso pai.
Minha amada e saudosa irmã,
aquela ali era extraordinária. Minha mãe sempre contou que ela nunca deu
trabalho, nem para nascer, pois no seu parto ela saiu sozinha, sem nenhum
esforço, para surpresa do médico, que teve que correr para segurar sua cabeça,
que "escorregou" para fora. Já aí começou sua característica
independência, traço importante de sua personalidade. Não vou repetir todos os
dons, todas as conquistas, todas as bondades dela, sempre relembradas por minha
mãe (e por todos nós), pois me faltariam palavras e, pior, corro o risco de
pensarem que falo assim porque ela já morreu. Mas quem a conheceu sabe que é
verdade.
O mais velho de todos é
sempre o que tem mais fotos e mais histórias contadas. Mesmo não tendo
presenciado a infância do meu irmão mais velho, sei de mais histórias dele, contadas
por minha mãe, do que sei de minha própria infância. Bem pequeno ainda, já
tinha uma voz possante e pregava sermões, na casa da avó, no alto do patamar da
escada, à guisa de púlpito de igreja, para gáudio de todos. Hoje, ele não gosta
de se lembrar disso, mas que ele me desculpe, não podia deixar de contar esta
passagem tão engraçada e que fazia minha mãe rir tanto. No ônibus, confundiu o
motorista algumas vezes, imitando o trocador dizer “Bora!”; ninguém podia
imaginar que aquela voz grave vinha de uma criança de colo. Na escolinha, ele era
o motorista, punha os alunos todos alinhados atrás dele, formando o corpo do
veículo, e saíam em corrida desabalada pelos corredores; era um ônibus vivo! E
por aí vai, são inúmeras as suas histórias. Continua, ainda, com o dom da
oratória e deu até para escrever livros.
Mas a família não acaba aí.
Nós dizemos que somos (éramos) cinco irmãos. Mas, na verdade, éramos sete.
Tivemos um irmãozinho e uma irmãzinha que morreram recém-nascidos e minha mãe
sempre contou como eles eram, com riqueza de detalhes e com muito pesar por
tê-los perdido. Ela nunca se esqueceu deles.
Esse elo, esse amor de mãe
para filho é algo muito forte. Cortar esta ligação com a mãe, mesmo após sua
morte, é impossível e jamais fará parte do meu lote
de desejos. Quero
sempre me lembrar dela, com toda a boa energia que ela nos deu.
Saúde e longa vida a todas
as mães!
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