Fazendo uma arrumação, para terminar o verão de casa limpinha, cheirosa, encontrei essa garrafinha graciosa, presente de minha irmã.
Ela era tão generosa, tudo dela era exagerado; mandava tudo dobrado, triplicado, um para me agradar, outros para eu presentear.
Esta eu dei para o meu sogro. Ela voltou, quando ele se mudou.
Eu me lembro que ele ficou muito intrigado com o presente. Ele me disse que o ar do Brasil estava ali, mas a tampa não abria, era um presente escondido. E se ele abrisse, o ar iria embora pelos ares daqui. Ele se divertiu com a brincadeira.
O ar do Brasil está lá dentro até hoje, atestado com letras de ouro de Minas Gerais. Desse jeito é o Brasil que é meu, com o coração de ferro e ouro das Minas que Deus deu, dentro do meu, e não sai.
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Nota: na foto, não dá para ver o dourado das letras e dos contornos dos desenhos, mas é ouro de Minas mesmo. Peça feita por artesãos.